Carrazeda de Ansiães

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Carrazeda de Ansiães

O concelho de Carrazeda de Ansiães é uma terra antiga, variada e acolhedora que se estende por um território que possui uma das mais antigas demarcações com referências escritas na história do nosso país. Aqui, estamos num dos mais ancestrais concelhos portugueses, tendo a sua área territorial sido demarcada por volta do séc. XI, altura em que o rei leonês, Fernando Magno, lhe outorgou carta de foral.

Desde esse período, Ansiães marcou toda a história do Nordeste Transmontano, estabelecendo-se nesta região como uma das mais importantes fortalezas da margem direita do rio Douro.

O concelho desenvolve-se num interfluvial, estando demarcado a Sul e a Oeste pelos encaixados vales dos rios Douro e Tua e a Norte e Nordeste pela amplidão de um planalto, onde emerge uma paisagem mais uniforme e aquietada. O que marca esta circunscrição territorial e administrativa é, sem dúvida, a sua grande diversidade paisagística e os indeléveis testemunhos do seu rico passado histórico.

De Foz Tua, ponto de encontro dos dois cursos fluviais, sobe-se, em cerca de meia hora, para a vila, sede do atual concelho. Neste percurso, com pouco mais de 15 quilómetros, experimenta-se uma verdadeira sensação de mudança. Num curto espaço de tempo, o xisto dá lugar ao granito, a vinha e a oliveira dão lugar ao castanheiro e à macieira, e o relevo deixa de ser agreste, abrupto, quase dramático, para se aquietar numa extensão aberta e calma, de silêncio e paz.

Nos seus 281,8 km² vivem atualmente cerca de 7.600 habitantes distribuídos por 14 freguesias. Trata-se, portanto, de um concelho tipicamente rural que explora, economicamente falando, uma grande variedade de recursos agrícolas, onde o vinho, o azeite e a maçã constituem os produtos de maior rentabilidade.

Da vinha, que ocupa sobretudo os habitantes das aldeias que se implantam dentro da área da “Paisagem Cultural Evolutiva e Viva”, classificada como Património da Humanidade pela UNESCO, nasce o precioso e afamado “néctar”, que aqui é chamado de “vinho fino” ou “vinho tratado”, mas que a partir de Gaia invade os mercados internacionais com o carismático nome de “vinho do Porto”.

O azeite é também afamado e ombreia em qualidade com a laranja e o figo, com a castanha e a batata do planalto e com os subprodutos de uma atividade pastoril, em que o queijo ressalta como um produto de excelente qualidade. Nas últimas décadas é a produção de maçã que mais tem crescido no concelho, sendo atualmente um fruto de elevada qualidade. A maçã do planalto carrazedense é sumarenta e está sujeita aos mais elevados padrões de seleção antes de ser comercializada.

A diversidade paisagística, a fauna, o património vernacular, o património natural, o património arquitetónico e sobretudo o património arqueológico são apenas alguns dos exemplos das potencialidades de sinergias locais que poderão ser fruídas por quem visitar o nosso concelho.

A tudo isto dever-se-á juntar as valências da cinegética, da gastronomia, do artesanato, da etnografia e do termalismo, atividade lúdica e terapêutica em que Carrazeda de Ansiães também possui fortes potencialidades.

Ao viajante é oferecida a habitual hospitalidade da sua população, a simpatia, a qualidade dos produtos locais, a beleza da paisagem e do seu ambiente natural, mas também a ancestralidade de uma terra que permite uma viagem por um tempo antigo onde, entre muitos outros exemplos, ancoram as famosas pinturas do Cachão da Rapa, as antas de Vilarinho da Castanheira e Zedes, as conhecidas fragas com inscrições rupestres (fragas das ferraduras) e o ex-libris local e regional: o Castelo de Ansiães, Monumento Nacional classificado desde 1910.

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